quinta-feira, 10 de abril de 2025

Curiosidades da Novela Pantanal (1990)



de julho de 2009, de causas naturais.

Durante a trama, Zé Leôncio e Tenório conversavam sobre a criação de jacarés, que, à época, era apenas um estudo de viabilidade. A intenção era criar os animais, abatendo certa parte para comercializar carne e couro e devolvendo o resto à natureza para o repovoamento, devido à ameaça de extinção. Na telenovela, o projeto fica só na conversa, mas por causa desse plano, o jacaré-do-pantanal está, atualmente, fora da lista dos animais ameaçados de extinção.

Em abril de 1990, durante uma externa à beira do Rio Negro, Sérgio Reis acabou ajudando Cristiana Oliveira a fugir do cerco de seis jacarés-de-papo-amarelo, que invadiram a gravação da telenovela.

Nas mudanças de cena, havia intervalos de tempo que mostravam belíssimas imagens do bioma brasileiro; todas as espécies da fauna pantaneira tiveram seus segundos de fama, exceto a onça-pintada, pois na verdade, a única onça que aparece foi claramente filmada num zoológico. O animal também apareceu em flashes quando Maria e Juma Marruá se metamorfoseavam em onça e na abertura da novela, mas percebe-se que o indivíduo não vivia livre na natureza, porque na época, o animal era caçado por ser considerado pelos criadores de gado, a principal causa de prejuízos financeiros, justamente por predar o gado doméstico da região. Ameaçada de extinção e arredia à presença humana, a espécie vivia escondida nas matas pela caça indiscriminada, o que dificultou o trabalho da equipe de filmagem da telenovela. Felizmente, a caça ao animal posteriormente foi proibida e muitos turistas vão atualmente ao Pantanal pela facilidade em encontrá-la. Mesmo assim, continua sendo uma espécie ameaçada de extinção.

Durante a trama, podemos observar uma consciência ecológica em relação à caça de animais. Joventino, pai de Zé Leôncio, sempre fora contra essa prática e ao reaparecer como o Velho do Rio, passa a proteger jacarés de coureiros e onças de fazendeiros. Zé Leôncio herdou-o de seu pai.

Na telenovela, houve dois enganos nas características físicas e comportamentais das duas principais espécies animais na trama: a sucuri e a onça-pintada. Com relação à cobra sucuri, a espécie foi confundida com a jararaca boca-de-sapo; já em relação à onça-pintada, o som emitido pela espécie foi confundido.

Em ambas as cenas em que a jararaca entra em ação, percebe-se claramente que quem dá o bote é uma sucuri e não uma boca-de-sapo. A sucuri possui uma cor escura, é grande e não tem glândulas de veneno; enquanto que a boca-de-sapo possui cor bege, é pequena e seu veneno é potente. Mas esse engano foi intencional, já que a jararaca tem uma excelente técnica de camuflagem contra os predadores, é difícil de ser avistada e, como eles tinham uma sucuri no elenco, usaram-na para fazer as cenas como se fosse uma jararaca boca-de-sapo.

Na telenovela, a onça-pintada assustava as personagens miando. Aí está o problema: a onça-pintada esturra e não mia. Apesar de pertencer à mesma família do gato doméstico, a onça não mia devido a diferenças nas cordas vocais; o esturro é mais grave, longo e potente do que o miado e é capaz de dar calafrios ao ser humano.


Sentindo-se rejeitado pelo pai, que acha que o filho é afeminado, e ridicularizado pelos peões por causa de seu jeito de moço da cidade, Jove decide retornar ao Rio, mas leva consigo Juma Marruá (Cristiana Oliveira), moça criada como selvagem pela mãe (Cássia Kis) até a morte dessa, assassinada por encomenda numa trama paralela de vingança entre posseiros de terras e vítimas de grilagem, fatos esses ocorridos no início da novela na cidade de Sarandi, no estado do Paraná. Tal como a mãe, comenta-se no Pantanal que Juma se transforma em onça-pintada quando se sente ameaçada. Passado um tempo no Rio, onde o choque cultural é agora sofrido por Juma, Jove retorna ao Pantanal para não ter que se separar de sua amada "onça". Desta vez, ele está disposto a se adaptar ao estilo de vida local. Jove começa a se acertar com o pai e com Juma e vai aos poucos transformando-se num autêntico peão pantaneiro, surpreendendo a todos continuamente.

A história tem ainda um lado sobrenatural, baseado no fascinante folclore da região pantaneira: os principais personagens, com exceção de Zé Leôncio, frequentemente se deparam com uma figura conhecida como "O Velho do Rio", um curandeiro idoso que cuida das pessoas atacadas pela jararaca boca-de-sapo, uma cobra venenosa, ou que simplesmente se perdem na extensão do Pantanal. Todos comentam que o Velho do Rio é o pai de todas as sucuris, que ele se transforma em sucuri, também sendo ele a maior de todas. O povo acredita que "O Velho do Rio" seja o pai de Zé Leôncio, o desaparecido peão Joventino, de quem o neto, Jove, herdou o nome. Além do Velho do Rio e da história de Juma, uma terceira trama sobrenatural enriquece a novela: a figura do misterioso peão Trindade (Almir Sater), que teria um pacto com o diabo, ou seria ele próprio a encarnação do diabo.

Há ainda a história de Maria Rute (Andréa Richa), que chegou às terras do Pantanal para vingar a morte do pai, assassinado pelo pai de Juma. Fazendo-se passar por muda e ganhando esse apelido, ela vai aos poucos conquistando a confiança de Juma e passa a morar com ela na tapera dos Marruá, ficando dividida entre a vingança e a amizade que passa a nutrir pela "onça". A Muda acaba conquistando o coração do peão Tibério (Sérgio Reis), braço direito de Zé Leôncio, mas também o de Levi (Rômulo Arantes, peão mau-caráter e obcecado por ela.

No decorrer da trama, Zé Leôncio descobre a existência dum terceiro filho seu, na verdade o primeiro dos três: o caminhoneiro José Lucas de Nada (Paulo Gorgulho), fruto de sua primeira experiência sexual, tida com a prostituta Generosa (Kátia D'Angelo) num prostíbulo de Goiás, aonde fora levado pelo pai ao completar quinze anos de idade a fim de "mostrar que era macho". O sobrenome de Zé Lucas é De Nada, pois o mesmo não tinha pai para dar-lhe um sobrenome. Assim que Zé Leôncio o reconhece como filho, passa a chamar-se José Lucas Leôncio.

A saga da família Leôncio inclui, finalmente, o complicado relacionamento com o fazendeiro vizinho, Tenório (Antônio Petrin). Casado com a submissa Maria (Ângela Leal), a quem apelidou pejorativamente de "Maria Bruaca" e com quem teve uma filha, a despudorada Guta (Luciene Adami) – que adora desafiar as ordens do pai –, seu passado como grileiro de terras liga-o às tragédias familiares de Juma e Muda. O mau-caratismo deste e sua inclinação a vinganças covardes colocarão em risco em diversas circunstâncias a família de Zé Leôncio. O vilão possui uma outra família na cidade de São Paulo, formada por Zuleika (Rosamaria Murtinho) e seus filhos Marcelo (Tarcísio Filho), Renato (Ernesto Piccolo) e Roberto (Eduardo Cardoso). Após descobrir esse fato, Maria passa a desafiar o marido e inicia um tórrido caso de amor com o peão Alcides (Ângelo Antônio), empregado da fazenda e uma das muitas pessoas que querem vingança contra Tenório. Quem também sofre ao descobrir a segunda família do pai é a sensual Guta, que após se envolver com Jove e Tadeu, apaixonou-se por Marcelo, sofrendo ao descobrir que se envolveu com seu provável irmão.[17]

Elenco

editar
IntérpretePersonagem
Cláudio MarzoJosé Leôncio (Zé Leôncio)
Joventino Leôncio / Velho do Rio
Marcos WinterJoventino Leôncio Neto (Jove)
Cristiana OliveiraJuma Marruá
Paulo GorgulhoJosé Lucas Leôncio / José Lucas de Nada (Zé Lucas)
Zé Leôncio (jovem)
Marcos PalmeiraTadeu Aparecido Leôncio
Jussara FreireFilomena Aparecida (Filó)
Elaine CristinaIrma Braga Novaes
Ângela LealMaria Nogueira (Maria Bruaca)
Antônio PetrinTenório Nogueira
Luciene AdamiMaria Augusta Nogueira (Guta)
Ítala NandiMadeleine Braga Novaes
Almir SaterXeréu Trindade (Trindade)
Ângelo AntônioAlcides
Nathalia TimbergMariana Braga Novaes
Giovanna GoldJosefa Gianne (Zef)
Rosamaria MurtinhoZuleika Nogueira
Sérgio ReisTibério
Andréa RichaMaria Rute (Muda)
Tarcísio FilhoMarcelo Nogueira
Ernesto PiccoloRenato Nogueira (Reno)
Rômulo ArantesLevi
João Alberto PinheiroZaqueu
Eduardo CardosoRoberto Nogueira (Beto)
Ivan de AlmeidaOrlando da Chalana
José de AbreuGustavo
Flávia MonteiroNalva (Nalvinha)
Júlio LevyDavi
Gláucia RodriguesMatilde
Lana FrancisTeca
Luiz Henrique Sant'AgostinhoAri

Participações especiais

editar
AtorPersonagem
Cássia KissMaria Marruá
Sérgio BrittoAntero Novaes
Marcos CarusoTião
Ewerton de CastroQuim
José DumontGil Marruá
Oswaldo LoureiroChico Taxista
Sérgio MambertiDr. Arnaud
Ingra LiberatoMadeleine (jovem)
Carolina FerrazIrma (jovem)
Tânia AlvesFiló (jovem)
Regina DouradoOlga
Antônio PitangaTúlio
Buza FerrazGrego
Carlos GregórioExpedito
Enrique DiazChico Marruá
Alexandre LippianiRaimundo
Haroldo CostaPadre Antônio
Jitman VibranovskiDelegado Márcio de Sarandi
Andréa CavalcantiCelina
Geisa GamaGorda
Kátia D'AngeloGenerosa
Xandó BatistaVigário
Rubens CorrêaDeputado Ibrahim Chaguri
Gisela ReimannÉrica Chaguri
José Rodrigues PereiraBarra Mansa
Antônio GonzalezBruno
Fausto FerrariTeodoro
Jairo LourençoOtávio
Silvio PozattoRubem
Rose AbdallahMyriam
Ibañez Filhocaminhoneiro
Valter Santosjagunço
Kito Junqueirajagunço
Totia Meirellesvedete
Jece Valadãocoureiro
Giuseppe Oristânioparaquedista
Fátima Freireamiga de Generosa
Luiz Armando Queirozdono do Frigorífico Carioca
Jofre Soarespadre no último capítulo
Maurício do Vallecaseiro de uma das fazendas de Zé Leôncio
Zaira Zambelliprostituta que rouba o caminhão de Zé Lucas
Thiago FrotaJoventino (jovem)
PaulãoZé Leôncio (criança)
Renan Itaborahy CabizucaJove (criança)
Shirley CanolettiJuma (criança)
Christian LimaZé Lucas (criança)
Leandra LealMaria Marruá Leôncio
Fernando BorsatoAntero Novaes Leôncio
Márcio Ehlich(piloto que morreu com Madeleine no desastre de avião)
Zé Capetaele mesmo


Legado

editar

Pelo público, a telenovela será para sempre lembrada como a que bateu a audiência da TV Globo. Seu sucesso foi estrondoso, ao ponto de a emissora de Roberto Marinho esticar a novela das oito (então Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu) para que os telespectadores não mudassem de canal, e lançar uma novela com os maiores nomes da casa (Araponga) para competir no mesmo horário, cancelando boa parte da linha de shows, tirando do ar programas consagrados como o TV Pirata.[18]

Pantanal também foi a primeira telenovela fora da Globo, desde a falência da TV Tupi, que conseguiu ultrapassar frequentemente a marca de 40 pontos de audiência, muito além do esperado. O que foi uma proeza fora dos domínios da TV Globo ao longo dos anos 1980. E, de quebra, o avassalador sucesso da telenovela rural pôs de vez a Manchete entre as grandes produtoras de telenovelas da América Latina. Todavia, a emissora de Adolpho Bloch nunca mais repetiria tal façanha nos nove anos que lhe restariam de vida.

Audiência

editar

Pantanal estreou com 7 pontos de média. A Globo exibia em seu horário das oito da noite a novela Rainha da Sucata e Pantanal entrava no ar, na TV Manchete, imediatamente depois, às 21h30. Durante os vinte primeiros capítulos, ao competir diretamente com a linha de shows da Globo, Pantanal rapidamente atingia picos de 30 pontos, fechando sempre com média superior aos 20 pontos (Ibope da Grande São Paulo). A partir da quarta semana, a novela passou a superar a TV Globo todos os dias na audiência. Seu último capítulo registrou 31 pontos na Grande São Paulo, um pouco mais que a Globo, que registrou 21. Teve média geral de 22 pontos, a maior da história da dramaturgia da Rede Manchete, entrando para a história da televisão brasileira como a única telenovela a bater a TV Globo quase que do começo ao fim. Porém, ao contrário do que é dito, Pantanal jamais chegou a superar Rainha da Sucata, então novela das oito na época. Pantanal superava a TV Globo com sua linha de shows e posteriormente a telenovela Araponga.[19]

Controvérsias

editar

Processos

editar

Em 2008, assim que começou a reprise da trama pelo SBT, a TV Globo ameaçou processá-la. Aquela alegava ser dona da história e das imagens, e que elas foram adquiridas diretamente do autor Benedito Ruy Barbosa e portanto, a reprise da telenovela era ilegal. Já a emissora de Sílvio Santos rebateu, afirmando que as fitas da telenovela foram compradas de um empresário, que as adquiriu num leilão da massa falida da TV Manchete.[20]

Em primeira instância, a Justiça condenou o SBT por agir de má-fé, em relação a ter reprisado a trama. Além disso, o canal paulistano também foi proibido de reprisar novamente a trama de Benedito Ruy Barbosa.[21]

Porém o SBT recorreu das decisões e, em 2014, venceu o processo em segunda instância. Mesmo podendo recorrer da decisão, o autor Benedito Ruy Barbosa anunciou que desistiria do processo contra a emissora paulistana, que corria desde 2008.[22] Fato que não ocorreu.

No dia 9 de agosto de 2016, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do ministro-relator do caso, João Otávio de Noronha, julgou a ação de Benedito procedente. Segundo o magistrado, uma vez que não houve "consulta prévia ou qualquer tipo de movimentação por parte do SBT para conciliação ou compra dos textos". E assim o processo entrou em discussão financeira, com os advogados de Benedito Ruy Barbosa estipulando R$ 100 milhões por danos morais e profissionais.[23]

Após a emissora entrar com recurso, a Justiça decidiu que aquela pague uma indenização de 250 000 por danos morais ao autor. Insatisfeito com o valor por achar "ínfimo e irrisório", Ruy Barbosa entrou com outro recurso, que foi rejeitado pelo presidente do STJ em 26 de abril de 2021 mantendo a decisão anterior como adequada, considerando que a emissora "adquiriu legalmente a obra da Massa Falida da TV Manchete e pagou por ela, tendo feito, assim, investimento em algo que se encontrava abandonado no acervo de massa falida" e que o autor "possui direito a indenização por danos morais e não a participação nos rendimentos da agravada, durante o período de reexibição de “Pantanal”, sendo assim irrelevante saber qual o resultado econômico (bem como quais foram receitas advindas de publicidade), auferido pela agravada quando reexibiu a telenovela".[24][25]


Legado

editar

Pelo público, a telenovela será para sempre lembrada como a que bateu a audiência da TV Globo. Seu sucesso foi estrondoso, ao ponto de a emissora de Roberto Marinho esticar a novela das oito (então Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu) para que os telespectadores não mudassem de canal, e lançar uma novela com os maiores nomes da casa (Araponga) para competir no mesmo horário, cancelando boa parte da linha de shows, tirando do ar programas consagrados como o TV Pirata.[18]

Pantanal também foi a primeira telenovela fora da Globo, desde a falência da TV Tupi, que conseguiu ultrapassar frequentemente a marca de 40 pontos de audiência, muito além do esperado. O que foi uma proeza fora dos domínios da TV Globo ao longo dos anos 1980. E, de quebra, o avassalador sucesso da telenovela rural pôs de vez a Manchete entre as grandes produtoras de telenovelas da América Latina. Todavia, a emissora de Adolpho Bloch nunca mais repetiria tal façanha nos nove anos que lhe restariam de vida.

Audiência

editar

Pantanal estreou com 7 pontos de média. A Globo exibia em seu horário das oito da noite a novela Rainha da Sucata e Pantanal entrava no ar, na TV Manchete, imediatamente depois, às 21h30. Durante os vinte primeiros capítulos, ao competir diretamente com a linha de shows da Globo, Pantanal rapidamente atingia picos de 30 pontos, fechando sempre com média superior aos 20 pontos (Ibope da Grande São Paulo). A partir da quarta semana, a novela passou a superar a TV Globo todos os dias na audiência. Seu último capítulo registrou 31 pontos na Grande São Paulo, um pouco mais que a Globo, que registrou 21. Teve média geral de 22 pontos, a maior da história da dramaturgia da Rede Manchete, entrando para a história da televisão brasileira como a única telenovela a bater a TV Globo quase que do começo ao fim. Porém, ao contrário do que é dito, Pantanal jamais chegou a superar Rainha da Sucata, então novela das oito na época. Pantanal superava a TV Globo com sua linha de shows e posteriormente a telenovela Araponga.[19]

Controvérsias

editar

Processos

editar

Em 2008, assim que começou a reprise da trama pelo SBT, a TV Globo ameaçou processá-la. Aquela alegava ser dona da história e das imagens, e que elas foram adquiridas diretamente do autor Benedito Ruy Barbosa e portanto, a reprise da telenovela era ilegal. Já a emissora de Sílvio Santos rebateu, afirmando que as fitas da telenovela foram compradas de um empresário, que as adquiriu num leilão da massa falida da TV Manchete.[20]

Em primeira instância, a Justiça condenou o SBT por agir de má-fé, em relação a ter reprisado a trama. Além disso, o canal paulistano também foi proibido de reprisar novamente a trama de Benedito Ruy Barbosa.[21]

Porém o SBT recorreu das decisões e, em 2014, venceu o processo em segunda instância. Mesmo podendo recorrer da decisão, o autor Benedito Ruy Barbosa anunciou que desistiria do processo contra a emissora paulistana, que corria desde 2008.[22] Fato que não ocorreu.

No dia 9 de agosto de 2016, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do ministro-relator do caso, João Otávio de Noronha, julgou a ação de Benedito procedente. Segundo o magistrado, uma vez que não houve "consulta prévia ou qualquer tipo de movimentação por parte do SBT para conciliação ou compra dos textos". E assim o processo entrou em discussão financeira, com os advogados de Benedito Ruy Barbosa estipulando R$ 100 milhões por danos morais e profissionais.[23]

Após a emissora entrar com recurso, a Justiça decidiu que aquela pague uma indenização de 250 000 por danos morais ao autor. Insatisfeito com o valor por achar "ínfimo e irrisório", Ruy Barbosa entrou com outro recurso, que foi rejeitado pelo presidente do STJ em 26 de abril de 2021 mantendo a decisão anterior como adequada, considerando que a emissora "adquiriu legalmente a obra da Massa Falida da TV Manchete e pagou por ela, tendo feito, assim, investimento em algo que se encontrava abandonado no acervo de massa falida" e que o autor "possui direito a indenização por danos morais e não a participação nos rendimentos da agravada, durante o período de reexibição de “Pantanal”, sendo assim irrelevante saber qual o resultado econômico (bem como quais foram receitas advindas de publicidade), auferido pela agravada quando reexibiu a telenovela".[24][25]


  1. SBT por reprise de 'Pantanal'». UOL. 5 de maio de 2021
  2.  «Decisao Monocrática». Superior Tribunal de Justiça. 26 de abril de 2021
  3.  «Raul Gil diz ter tido prejuízo na Manchete». Folha de S.Paulo. 3 de outubro de 1998. Consultado em 15 de outubro de 2022
  4.  «Exclusivo: SBT estréia "Pantanal" hoje em horário nobre». UOL. 9 de junho de 2008. Consultado em 9 de junho de 2015
  5.  «Reexibição de Pantanal divide artistas que participaram da trama». Bem Paraná. 23 de junho de 2008. Consultado em 15 de outubro de 2022
  6.  «Modelo que ficou nua na abertura de Pantanal feita pelo SBT criava cobra dentro de casa». Observatório da TV. 18 de fevereiro de 2022. Consultado em 15 de outubro de 2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postem mensagem amigos...